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18-03-2015

‘Acessibilidade pode ser grande oportunidade de negócios’, dizem empresas de tecnologia

"O mercado de tecnologia para pessoas com necessidades específicas pode ser uma grande oportunidade de negócios para empresas", afirma o analista Chris Lewis. Durante o Mobile World Congress, ele se juntou a representantes de companhias como IBM, Google e Microsoft, para debater sobre como este público pode se beneficiar da tecnologia. 

Segundo Lewis, 1 bilhão de pessoas no mundo sofre com algum tipo de impedimento ou limitação: 360 milhões têm problemas auditivos, 285 milhões problemas de visão, 194 milhões dificuldades cognitivas ou de aprendizado, 13 milhões impedimento físico e 148 milhões outros tipos de limitações.

 Dessas, 4% são crianças, 10% são adultos em idade de trabalho e 77% são aposentados. Juntos, têm poder de compra de US$ 2,3 trilhões, enquanto esse número para seus familiares e amigos salta para US$ 4,5 trilhões. Além de receberem do Estado US$ 1,2 trilhão em benefícios. 

Como gerar negócios para esse grupo? "Criar produtos que possam ser utilizados por qualquer um, com ou sem impedimento", afirmou Rob Sinclair, executivo-chefe de acessibilidade da Microsoft. 

Ele deu um exemplo simples: uma pessoa que não pode olhar a tela do smartphone não é apenas alguém cego. Ela pode ser uma pessoa com a visão 100% saudável que está ao volante do carro. 

De acordo com Sinclair, tecnologias de assistência produzidas para pessoas com necessidades específicas também podem ser utilizadas por 85% da população que vive alguma limitação situacional durante o dia a dia, como o motorista ao volante que não pode olhar para o smartphone. Isso, claro, poderia beneficiar um grupo ainda maior de pessoas. 

"Essas pessoas também querem usar os dispositivos da moda, como o iPhone, e não só produtos especiais" afirma Lewis, que há 30 anos sofre com uma cegueira parcial. 

Frances W. West, executiva-chefe de acessibilidade da IBM, acredita que a acessibilidade precisa ser integrada durante os estágios de design e desenvolvimento de qualquer produto. 

"Esse é um grande negócio e ajuda a melhorar os produtos de forma geral", afirma Michael Miligan, secretário geral do Fórum de Fabricantes de Dispositivos Móveis. 

Fonte: Jornal do Comércio



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