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10-04-2018

Roda de leitura e oficina marcam comemoração do Dia do Braille

O Dia Nacional do Sistema Braille, que é celebrado no próximo domingo (08), foi comemorado pela Prefeitura do Recife nesta sexta-feira (06), com roda de leitura, palestra e oficina na Biblioteca Afrânio Godoy, no Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha. Cerca de 50 pessoas participaram do encontro, que teve como destaque uma oficina para os estudantes da Escola Municipal da Iputinga sobre a escrita tátil utilizada pelas pessoas cegas ou com baixa visão. Na ocasião também foram distribuídas cópias do alfabeto em Braille e foram doados à biblioteca cerca de 20 exemplares de livros didáticos e literários escritos no sistema de leitura e escrita criado no século 19, a partir de combinações de pontos em relevo.

No evento organizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, o gerente da Pessoa com Deficiência do Recife, Paulo Fernando, fez um histórico sobre a adoção do Braille no Brasil e no mundo, além de explicar às crianças presentes a metodologia de ensino da escrita para cegos adotada no País. “Essa ação ajuda a fortalecer o uso do sistema Braille como método principal para inclusão da pessoa cega na nossa sociedade”, destacou Paulo, que é cego. 

O professor Juvi Barbosa Passos, da Escola Municipal da Iputinga, também é cego e levou seus alunos para aprenderem mais sobre o Braille nesta sexta. Ele contou que, no contraturno das aulas nas turmas regulares, ele faz atendimento especializado a cinco estudantes cegos da unidade de ensino. “Todos os alunos com deficiência que estudam na Escola da Iputinga são muito bem acolhidos, sem nenhum tipo de discriminação”, contou o docente, que foi bastante aplaudido ao recitar uma poesia sobre a cegueira. A rede municipal de ensino do Recife tem 32 alunos com deficiência visual matriculados.

O estudante Leandro Augusto, de 13 anos, aprendeu a escrever seu nome em Braille durante a oficina. “Achei muito legal saber que as pessoas cegas usam as pontas dos dedos para ler. Gostei de aprender a escrever e ler o meu nome nos pontinhos furados no papel”, contou o adolescente. Colega de Leandro Augusto, a aluna Bruna Farias, de 10 anos, também contou que sempre respeita as pessoas com deficiência. “Lá na escola, sempre que posso, ajudo os coleguinhas que não enxergam a descer e subir as escadas. Acho isso muito importante”, destacou

A Secretaria de Saúde do Recife levou para a biblioteca seis cartilhas em Braille sobre atenção básica à saúde e sobre saúde da criança. “Nosso objetivo é facilitar o acesso às informações sobre os cuidados com a saúde e contribuir para a autonomia das pessoas com deficiência visual”, disse Mirtes Gomes Araújo, coordenadora da Política de Atenção Integral à Saúde da Pessoa com Deficiência.

Fonte: Prefeitura do Recife 



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