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19-10-2017

Instituto Tomie Ohtake (SP) promove oficinas gratuitas e ações culturais acessíveis no Recife

A cidade do Recife foi escolhida pelo Instituto Tomie Ohtake (SP) para sediar ações acessíveis de cultura e educação de 20 a 30 de outubro. As atividades fazem parte do Programa de Acessibilidade 2017 e são formadas por contação de histórias, atividades para bebês de 0 a 18 meses, cursos para educadores e debates sobre acessibilidade cultural para profissionais da cultura. A programação será gratuita, com inscrições no site da instituição, e ocorrerão em quatro espaços: Caixa Cultural, Cinema do Museu/Fundaj, Museu do Cais do Sertão e Paço do Frevo. As vagas são limitadas.

O Programa de Acessibilidade do Instituto Tomie Ohtake é responsável por promover ações culturais e educativas que permitem o acesso a pessoas em situação de vulnerabilidade social às atividades da instituição. Além de pessoas com deficiência, bebês e famílias, professores e educadores, o Instituto Tomie Ohtake também atende jovens em condições de vulnerabilidade social e populações LGBT e assistentes sociais. O projeto visa articular novas propostas que apontem necessidades, estimulem o público e promovam debates sobre o conceito expandido de acessibilidade, em parceria com instituições culturais.

Recife será a primeira cidade fora de São Paulo que receberá as ações do Instituto Tomie Ohtake. Trata-se do início de uma parceria com a cidade e experimentação na expansão de atividades. “Recife possui cena cultural vibrante, importantes instituições de cultura e várias experiências em acessibilidade cultural de grande prestígio. Nossa intenção é trocar experiências e estratégias de atuação. Além disso, essa é uma pesquisa sobre como uma instituição de cultura como o Instituto Tomie Ohtake pode atuar fora do seu território de origem e quais relações ou possibilidade criadas desse encontro“, explica Luís Soares, coordenador de Projetos Socioculturais do Núcleo de Cultura e Participação.

Programação de Atividades – A primeira atividade será o espaço “No Colo – Atividades para bebês e famílias”, nos dias 20 e 21 de outubro, às na Caixa Cultural, às 14h30 e 10h30, respectivamente, voltado para a estimulação de bebês de 0 a 18 meses e seus acompanhantes. Planejado a partir das relações entre mães, pais e bebês, a atividade parte da multissensorialidade para estabelecer relações entre a exposição e a potência pedagógica dos espaços culturais.

Ainda no dia 21, às 14h, no Paço do Frevo, ocorrerá o curso para professores “Arte para (com) crianças pequenas – experiências de No Colo”, ministrado por Diana Tubenchlak. voltado a profissionais que atuam com bebês. No dia 27, das 10h às 17h, outro curso para professores, também no Paço do Frevo: “Construindo histórias para sentir e ouvir”, ministrado pela audiodescritora Lívia Motta e a contadora de histórias Andi Rubinstein. A proposta é levar para educadores sugestão de elementos, estruturas e modelos para trabalhar dentro e fora da escola, recursos de contação de história e audiodescrição.

Para todos os públicos, ocorrerão, também no dia 27, as sessões do “Manhãs de História – Contações de história sobre temas das artes visuais para crianças”, no Museu do Cais do Sertão, seguidas por uma visita guiada à exposição “Tomie Ohtake – Qual a cor do ar?”, na Caixa Cultural. A proposta busca, por meio da contação de história, introduzir temas das artes visuais no cotidiano das crianças e de suas famílias. A vida e obra de Tomie Ohtake é tema desta sessão. São utilizados recursos narrativos, musicais, audiodescrição e formas não verbais de comunicação como a língua brasileira de sinais.

O dia 30 finaliza as atividades com a realização da segunda edição do Ciclo de Palestras Mediações Acessíveis, no Cinema do Museu/Fundaj, das 9h às 17h, com palestras e debates sobre acessibilidade em sua ampla possibilidade para profissionais de cultura e educação principalmente de espaços museais com distribuição do Jogo de Atividades Bolsa de Artista Tomie Ohtake para os participantes. Após as palestras, haverá sessão do Projeto Alumiar – Sessão de Cinema Acessível do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco.

Programação acontece em paralelo com exposição – As atividades do Programa de Acessibilidade 2017 no Recife ocorrem concomitantes à exposição “Tomie Ohtake – Cor e Corpo” na Caixa Cultural, aberta até dia 19 de novembro. A mostra oferece uma retrospectiva das obras da artista que dá nome ao instituto.

Sobre o Programa de Acessibilidade do Instituto Tomie Ohtake 2017 – As ações promovidas pelo Instituto Tomie Ohtake em Recife são parte do seu Programa de Acessibilidade 2017. O objetivo é discutir e promover o acesso de públicos com deficiência e em situação de vulnerabilidade socioeconômica à programação do instituto, promover espaços de convivência e tolerância, criar novas formas de relação dos públicos atendidos com a arte, formular estratégias educativas considerando as especificidades e interesses dos públicos e divulgar os resultados e reflexões por meio de publicações.

São temas transversais do Programa: o direito à cidade, o impacto da mobilidade urbana no acesso à cultura, as oportunidades culturais dos territórios em que as ações são realizadas – a partir do conceito de território cultural – e a garantia da ampla participação dos públicos – incluindo a formulação de atividades – a partir de uma pedagogia participativa que considera os interesses e a cultura dos participantes.

Sobre o Instituto Tomie Ohtake 2017 – O Instituto Tomie Ohtake, inaugurado em novembro de 2001, destaca-se por ser um dos raros espaços da cidade de São Paulo especialmente projetado, arquitetônica e conceitualmente, para realizar mostras nacionais e internacionais de artes plásticas, arquitetura e design. Como homenageia a artista que lhe dá o nome, o Instituto desenvolve exposições que focalizam os últimos 60 anos do cenário artístico, ou movimentos anteriores que levam a entender melhor o período em que Tomie vem atuando, organizando mostras inéditas no Brasil, como Louise Bourgeois, Josef Albers, Yayoi Kusama, Salvador Dalí, Joan Miró, Yoko Ono, entre outras.

Além de um programa de exposições marcante na cena cultural brasileira e que se desdobra em outras atividades como debates, pesquisa, produção de conteúdo, documentação e edição de publicações, o Instituto Tomie Ohtake desenvolve, desde a sua fundação, ampla pesquisa no ensino da arte contemporânea. Por isso, foi pioneiro na criação de novos processos para a formação de professores e de alunos das redes pública e privada, além de realizar uma série de atividades dirigidas ao público em geral e projetos de estímulo ao desenvolvimento da produção contemporânea.

Fonte: Terra Magazine



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