Notícias

17-05-2017

Enem 2017 oferece novos recursos para alunos surdos

Um novo recurso vai auxiliar participantes com surdez ou deficiência auditiva nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na edição de 2017, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) passa a oferecer uma terceira opção de auxílio para esses participantes: a prova em videolibras. A novidade será ofertada em caráter experimental. Por meio desta modalidade de exame, os estudantes resolvem a prova com apoio de um vídeo, que apresenta as questões traduzidas para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Serão até 20 alunos por sala.

Participantes com surdez ou deficiência auditiva também poderão optar por dois recursos tradicionalmente oferecidos pelo Inep: o tradutor-intérprete de libras e a leitura labial. Quem optar pelo tradutor-intérprete terá orientação de profissional capacitado para dúvidas específicas de compreensão da língua portuguesa escrita, sem fazer a tradução integral da prova. O participante que solicitar esse recurso fará as provas em salas com até seis pessoas e com dois tradutores.

No recurso de leitura labial, o participante conta com o auxílio de profissional capacitado em comunicação oral de pessoas com deficiência auditiva ou surdas e preparado para usar técnicas de interpretação e leitura dos movimentos labiais. Esses profissionais também atuam em dupla em salas para até seis participantes.

Inscrição – O candidato deve escolher um dos três recursos no ato da inscrição. É preciso anexar laudo médico que comprove a deficiência auditiva ou surdez. Esse participante também tem direito a uma hora adicional para realização da prova, desde que solicite o benefício no ato da inscrição. Até a edição passada, era possível fazer esse pedido durante a prova, o que não será mais aceito. O Enem 2016 contou com a inscrição de 7.131 deficientes auditivos e 2.290 surdos. Juntos, eles representaram 0,1% do total de inscritos. O recurso de tradutor-intérprete de libras foi solicitado por 3.562 participantes e o de leitura labial, por 1.624.

Atendimentos – Os participantes com deficiência auditiva e surdez fazem parte do grupo que pode se beneficiar do atendimento especializado, que contempla ainda participantes com autismo, baixa visão, cegueira, deficiência física, deficiência intelectual/mental, déficit de atenção, discalculia, dislexia, surdocegueira e visão monocular. Dentro de uma política de inclusão, o Inep também oferece atendimento específico para gestantes, lactantes, idosos, estudantes em classe hospitalar e, a partir de 2017, para outras situações específicas. Há ainda a opção de tratamento pelo nome social para transexuais e travestis. Atualmente são oferecidos os recursos de guia-intérprete, tradutor-intérprete de libras, prova ampliada, prova em braile, prova super ampliada, auxílio para leitura e auxílio para transcrição, entre vários outros mecanismos para promover a acessibilidade.

No Enem 2016, 101.896 participantes solicitaram atendimento específico e 68.907, atendimento especializado. Recursos de atendimento foram demandados por 18.306 participantes. Além dessas demandas, no ato da inscrição, ocorreram mais 113 atendimentos especializados encaminhados posteriormente, avaliados um a um para que todo participante pudesse fazer o exame em condições favoráveis.

Fonte: Planeta Universitário



Voltar